«Agatha Christie escreveu quase cem livros, mas só um assinado Agatha Christie Mallowan: "Come, Tell Me How You Live", título da edição original deste livro. É "uma memória arqueológica" dos anos 30 nas escavações do marido, Max Mallowan. Os editores não gostaram. Não havia trama nem crime. Era...
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«Agatha Christie escreveu quase cem livros, mas só um assinado Agatha Christie Mallowan: "Come, Tell Me How You Live", título da edição original deste livro. É "uma memória arqueológica" dos anos 30 nas escavações do marido, Max Mallowan. Os editores não gostaram. Não havia trama nem crime. Era como mostrar o álbum de férias a estranhos. O que é que os leitores dela tinham a ver com aquilo? Quase tão lida quanto a Bíblia, Mrs Mallowan não puxou dos galões. Disse que o livro era «uma frivolidade», como se falasse de um par de sapatos. Foi um sucesso, claro, e mais de sessenta anos depois continua em edição de bolso e politicamente incorrecto - vários turcos e pelo menos um árabe "sub-humano" saem daqui para a glória. Mas de ninguém a autora ri como de si própria, ansiosa, voluntariosa e volumosa.» Alexandra Lucas Coelho, «Prefácio» «Esta crónica inconsequente foi iniciada antes da guerra. Depois foi posta de lado. Mas agora, após quatro anos de guerra, dei por mim a pensar cada vez mais naqueles dias passados na Síria, e por fim senti-me impelida a tirar os meus apontamentos e os meus toscos diários para fora e a completar aquilo que começara e pusera de lado. Pois parece-me que é bom recordar que esses dias e esses lugares existiram, e que neste preciso instante a minha pequena colina de calêndulas está em flor, e que os velhos de barbas brancas que se arrastam atrás dos burros talvez nem saibam que existe uma guerra.» Agatha Christie tema(s): Literatura de Viagens tradução: Margarida Periquito prefácio: Alexandra Lucas Coelho coordenação: Carlos Vaz Marques 1.ª edição: Julho de 2010 n.º de páginas: 288 tipo de capa: Dura formato: 14,5x20 cm
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