Esta publicação propõe um alinhamento e uma leitura de diferentes "arquitecturas museológicas” com base em sucessivos exemplos referenciais, enquadrados do ponto de vista teórico por uma selecção de textos críticos, lançados entre 1967 e 2002. A análise introdutória abrange, sobretudo, a segunda metade do século XX, e debruça-se sobre as mudanças significativas que ocorreram então no paradigma museológico. A abordagem central, aos novos museus e centros de arte contemporânea, é mais recente, partindo de um dos últimos modelos referenciais desse século: o Guggenheim de Bilbao, inaugurado em 1997. Prentende-se em síntese demonstrar como a produção museológica da última década não pode nem deve ser compreendida sem um enquadramento nos modelos insituticionais e espaciais que a antecedem e referenciam; o que nos permite colocar a questão: faz sentido, hoje, pugnar por novos paradigmas museológicos que encerrem a arte contemporânea, ou poderá esta viver, pela sua própria condição, entre o cruzamento crítico desses modelos herdados?