Este conto é uma leitura interessante em que se explora a mente de um carrasco que revê a sua vida no momento em que está prestes a ser submetido à pena de morte. A ironia da vida parece fazer algum sentido na cabeça do homem que vai ligando os pontos e explicando a si mesmo - e ao leitor - como é que tudo levou a esta situação. Não é um conto que me traga especial novidade, mas é sem dúvida uma leitura agradável na qual alguns pensamentos se destacam da narrativa e suscitam uma reflexão sobre o matar e o morrer.
Os meus comentários a todos os contos da colecção estão publicados no meu blog.
Embora haja um aparente interesse em explorar as ideias de preconceito e de reacção ao desconhecido, na prática o conto de Lídia Jorge acaba por ser um aborrecimento. A escrita não é má, em especial comparando com outros contos nesta colecção, mas o esboço de enredo não segura o interesse nem me deixa a pensar em nada e as personagens são irrelevantes.
Os meus comentários a todos os contos da colecção estão publicados no meu blog.
Numa óbvia crítica à sociedade actual, em que se vive de aparências mesmo com a crise a obrigar grande parte das pessoas a mudar completamente as suas vidas, o conto de Ricardo Adolfo conta-nos a história de dois casais que se escondem em casa enquanto fingem, para si e para os outros, que viajaram para o Brasil de férias. Os miúdos, sempre honestos quando os pais precisam que eles mintam, não colaboram tanto assim e servem de comparação com os adultos que tanto se dobram a este tipo de supostas exigências sociais. Há ainda uma referência ao Fifty Shades of Grey, provavelmente para adicionar à crítica que se faz a este tipo de pessoas, fúteis e idiotas. Se isto parece ter potencial, e se calhar tem, o facto é que o conto em si é absolutamente desinteressante. Segue-se esta gente, os seus diálogos inconsequentes - sabe-se lá porquê sem letras maiúsculas ou pontos finais - até ao clímax da idiotice, que dá em loucura e que evita uma confrontação que talvez explorasse melhor o tema. Assim, limita-se a ser uma descrição superficial de um par de dias patetas.
Os meus comentários a todos os contos da colecção estão publicados no meu blog.
Tal como o título indica, este conto fala de dívida e tudo nele parece ser intencionalmente construído para ser uma brincadeira séria com a dita dívida e decorrente situação portuguesa nos últimos anos. Infelizmente a passagem da ideia à prática não correu bem e o texto acaba por ser pouco estimulante e completamente desinteressante.
Os meus comentários a todos os contos da colecção estão publicados no meu blog.